quarta-feira, 17 de junho de 2009

Te Roubar Pra Mim...


O dia não clareou e estou aqui em uma busca louca por palavras.

Jamais pensei ter tanto medo delas,

nunca levei tanto tempo tentando encaixá-las

para que tenham o sentido que preciso.

Elas precisam chegar até você na forma da minha necessidade.

Necessidade... Sim... De você!

Será que enlouqueci?

Que loucura gostosa!

Que delícia enlouquecer de desejo,

Enlouquecer em meio a esse furacão de delírios.

Inventar abraços...

Inventar traços...

Inventar desejos...

Inventar beijos...

Fazer amor em sonhos de olhos abertos...

Mas...

Me chama...

Chama meu nome

Eu quero ter você...

No meu espaço... Sem tempo...

Sem hora... Sem pressa...

Chama porque quero ter você...

No teu espaço... No teu tempo...

Na tua hora... Sem pressa...

Quero ser tua...

Me perder, me enrolar, me entregar, me encontrar...

Dentro de você!

Vem...

Vem ser meu...

Se perder, se enrolar, se entregar, se encontrar...

Dentro de mim!

Vem me devorar... Gemer teu prazer

Buscar o clímax juntinho comigo...

Deixa eu te devorar...

Se despeja em mim

Deixa eu te prender, te arranhar e

te lambuzar de mim...

Atinge o êxtase comigo...

Chama meu nome nessa hora...

Deixa eu gemer meu prazer em você!

Mas...

Eu só quero saber em qual rua minha vida

Vai encostar na tua...

Eu quero te roubar pra mim...

Eu quero sim...


“A distância separa dois olhares

Mas nunca dois corações”

domingo, 14 de junho de 2009

Eu Só Queria...


Eu só queria te dar todo esse carinho guardado em meu coração.

Eu não sei como ele surgiu... Mas ele existe... Forte demais...

Tentar te fazer entender o quanto é importante pra mim.

Você me ouve? Você me entende?

Quero tê-lo em meus braços, me perder em seus abraços.

Percebo que passaria horas te abraçando, me vendo em seus olhos,

te acariciando, me perdendo em seus beijos...

Você está aqui...

Em mim...

Tatuado em meu pensamento e nesse desejo infindo...

Por favor, entenda... Eu te quero tanto...

Não sei se é certo ou errado, não me importa saber, só quero sentir...

Sentir esse carinho gostoso, essa vontade, essa loucura que me leva ao delírio.

Que me leva por caminhos coloridos e às vezes doloridos.

Sinto-me assim, entorpecida pela ilusão,

pelo desejo de um dia, seja ele qual for, venha ele quando vier...

Poder te abraçar, deixar esse carinho sair de mim...

Saber que por um momento serei tua...

E por um momento também, você será meu...

Eu só queria... Você!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Metas (tases)...


O início?

Tentativas?

Procuras?

Vontades?

De quê?

Do quê?

Ser feliz?

Encontrar?

Realizar?

A dor?

A perda?

O vazio?

O buraco?

O medo?

O vão?

O escuro?

A espera?

Sem fim?

Ou o fim?

Me diga...

Me alegra...

Me mostra...

Me tira...

Me salva...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ei... Você Tem 1 Minuto?


Ei... Você tem 1 minuto?

1 minuto é muito pouco... Mas me basta.

Eu só quero falar que eu ainda te levo em mim.

Sabe, eu ainda te encontro quando fecho os olhos...


Mesmo que a distância entre nós esteja maior a cada dia...

Mesmo que eu tenha te perdido nessa estrada de ilusões...

Eu ainda viajo em meus pensamentos...

Eu ainda te procuro dentro do meu coração...

Os caminhos tomaram rumos diferentes, eu sei ,

a culpa foi minha, mas a vida continua...

Eu tenho que seguir, nós temos que seguir...


É ainda um sentimento gostoso e por onde quer que eu vá,

Vou te levar pra sempre...

Teu sorriso vai estar comigo...

Te levo em meu olhar...

E toda vez que fecho os olhos

Te encontro nos mesmos lugares, em meus sonhos,

em meu coração... Em minha estrada de ilusões...

"E no final... Talvez esse seja pra sempre um toque

mudo".

domingo, 7 de junho de 2009

Você Aprende a Perder?


Dia desses em um dos meus não tão raros momentos de reflexão, me fiz a pergunta:

“Você já aprendeu a perder?”

Acredito que nunca aprenderemos essa parte tão ruim e difícil de nossas vidas.

Falo de tudo aquilo que tem ou teve algo a ver com a gente, do que já vivemos ou estamos vivendo.

Se analisarmos, tudo o que chegamos à conclusão que “perdemos” teve um significado.

De alguma forma fez diferença, mesmo que nem tenhamos sentido tanto, mesmo que nem chegue a doer.

Em minha concepção, doer está associado à perda, então: Perda = Dor.

De onde também, vem o sentido aprender.

Não nos damos conta que todo dia perdemos algo, seja pequenino ou imenso, reparável ou irreparável, necessário ou desnecessário, com valor ou não, mas perdemos.

Perdemos entre tantas coisas, a hora, o ônibus, documentos, tarraxa, caneta, óculos, chave, oportunidades, vontade, sede, fome, sono, calma, lucidez , AMIGOS...

Perdemos tanta coisa sem nem notarmos, pois essas não nos afetam, mas a perda de algo que faz a diferença sempre dói e quando sabemos que jamais recuperaremos então...

Nossa! Dói demais. Aí associo: Perda = Dor.

Perder um filho... Eu nunca senti dor que se comparasse com essa de tão forte e constante, e o pior é que ela não vem só, você perde o chão, o raciocínio e até a crença.

Essa é uma perda que não se aprende e sim se conforma ou é obrigado a tal..

Existem perdas e recuperações, aquilo que se encontra achando-se perdido.

É verdade, encontramos tantas coisas que nem demos conta de tê-las perdido.

A calma, você só se dá conta que encontrou quando perdeu a paciência, a razão só se encontra quando se perdeu a lucidez, a fome quando come, a sede quando bebe, é até engraçado perceber assim essas perdas. Nem nos damos conta.

Mas e aquelas que doem devagar?

Não menos importantes, não menos marcantes e que ainda trazem o sabor da derrota íntima?

Você descobre que se mostrou o que nunca foi, decepcionou e foi decepcionado, percebe que perdeu tempo tentando encontrar, mas nem define bem o que.

Um carinho? Uma atenção? Talvez o que te faltasse no momento?

E a gente perde porque não consegue enxergar que nem todos estão prontos a te dar aquilo que te falta, nem todos se mostram transparentes como você, nem todos são da forma que queremos que sejam e muito menos a disposição de nossas necessidades.

Essa perda deixa uma espécie de vazio, uma frustração de não ter tido como explicar.

A gente sente uma saudade estranha, mas nem sabe direito do que.

Você acaba se perguntando o que perdeu e descobre o pior, não se perde o que não se teve, descobre que a vida não parou e não para só porque você sente saudade.

E essa perda vai se solidificando no peito, vai acalmando, vai passando bem devagarzinho.

Ela se torna um pensar com carinho é mais uma perda no meio de tantas perdas.

Já não faz mais parte de uma vida louca e desmedida.

E você aprende a perder...



“Deixei a dúvida se era paixão ou poesia?”

Era paixão sim... Pela vida.

Eram poesias sim... Dedicadas...

Pena não entender... “Pena ser necessário perder”...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Deus... Eu Ainda Não Sei Rezar...


Sempre ouvi que se eu quisesse falar com Deus eu deveria ajoelhar e rezar.

Cresci sem saber bem como se rezava, não fiz 1ª comunhão, comunguei as pressas nos meus 15 anos sob o olhar reprovador do padre por ter chegado atrasada a minha missa, o que ele não sabia é que me atrasei porque não conseguia parar de chorar depois de levar a primeira bofetada na cara dada pela minha mãe. Sempre fui moleca e enquanto ela corria com as coisas eu ria e brincava... Eu a deixei nervosa coitada rsrs.

Meus pais nunca tiveram muito tempo pra mim, na verdade eles não mais se amavam e nem me queriam, fui feita por uma imposição e gerada numa forma de pirraça, isso também faz parte de um passado que já não machuca, eu os perdoei e senti que ficou mais fácil de aceitar.

Engraçado foi crescer achando que alguém no céu cuidava de mim, todas as vezes que ficava triste podia sentir a presença da minha linda avó Berenice que nunca conheci, mas cresci afirmando que se ela fosse viva tudo seria diferente, eu teria aquele colinho tão especial que deve ser o de uma avó... Uma dor até aperta meu peito quando penso nisso.

Engraçado é a sociedade dizer que a formação de um indivíduo depende do ambiente e da forma que é tratado, sou obrigada a discordar, eu deveria então ser uma pessoa amarga, rude, infeliz e talvez até dona de Bordel kkkkkk.

O fato de nunca ter aprendido a rezar também não me tornou incrédula.

De tantas coisas que passei em minha vida, sempre tive Deus em meu coração.

Lembro que alguém me disse que se eu pedisse a Deus em nome de Jesus ele me escutaria mais rápido, mas eu sempre achei que parecia chantagem rsrs.

Aprendi a agradecer por tudo, pelo dia que se inicia e pelo que termina.

Agradeço por tudo o que tenho, a família maravilhosa que preenche meus dias, os filhos amigos que amo demais, a oportunidade de vê-los crescer e formarem suas famílias, os netos lindos e carinhosos que encontram em mim o colinho que não pude ter, os amigos que me dedicam seu tempo.

Agradeço ser perfeita fisicamente mesmo com alguns defeitos não de fabricação, mas de má utilização rsrs.

Agradeço pela oportunidade da cura...

Acho que aprendi mais a agradecer do que pedir, quando o faço uso sempre a frase:

“Se eu merecer”.

Aprendi as orações básicas... Aprendi prestar a caridade... Aprendi a me doar, pois muitos poderiam ter uma carência como eu tive... Aprendi a respeitar... Aprendi a ter sempre uma palavra de carinho... Um ombro amigo...

Aprendi a aceitar os desafios da vida e a lutar para vencê-los...

Uma vez uma linda índia mandou me dizer que nunca tirariam as pedras do meu caminho, mas que eu jamais estaria sozinha para passar por elas...

E assim aprendi que não preciso saber as orações ao pé da letra, basta deixar que meu coração fale com Deus...

Aprendi que Sua presença está aqui, em mim, em minha humildade de dizer...

Deus... Eu ainda não sei rezar!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Como Ser Poeta Sem Minha Inspiração?


Alguém viu por qual estrada seguiu minha inspiração?

Por favor, diga-me quem souber o rumo que ela tomou.

Preciso dizer que só ela enchia meu peito de versos...

Eram seus olhos que me seduziam...

Era seu sorriso que me fazia ter as rimas...

Era o desejo que me entorpecia e me levava ao mundo

dos sonhos e devaneios...

Tantas vezes entreguei-me aos seus abraços, perdi-me em seus braços,

em seus carinhos e em seus beijos...

Tantas vezes fiz amor com minha inspiração...

Gemi meu êxtase, gritei meu prazer e me doei cada vez mais...

Ah seu cheiro... Seduzia-me ao ponto de fechar os olhos e só sentir...

Tantas vezes adormeci no calor do seu corpo embalada pelas batidas do seu coração...

Sou poeta... Necessito de inspiração... Necessito tê-la em mim...

Preciso da sua voz em meus ouvidos, de suas mãos percorrendo meus caminhos, explorando-me, fazendo com que eu deseje mais e mais o desejo de desejar...

Preciso dizer o quanto me custa ser poeta, me custa rimar, me custa sonhar...

Custa-me também afirmar que a escolha foi minha...

Fiz o que pude para afastá-la...

Arquitetei a forma de fazê-la fugir, pois não conseguiria mandá-la embora.

A mente queria assim...

Fui racional e não mais poeta.

Sufoquei-a... E ela se foi... Conseguindo assim meu intento...

Eu não podia mais, pois além de ser poeta sou frágil, e da minha fragilidade devo confessar, tenho medo... Fico vulnerável e acabo apaixonando-me pelos

fantasmas que crio...

Coisa de poeta que precisa sofrer para compor os mais belos poemas.

Mas... Por favor, alguém viu a direção que tomou minha inspiração?

Para qual das estradas ela foi?

Preciso saber...

Preciso seguir o lado contrário ao dela... Não posso mais encontrá-la...

Adeus minha linda inspiração...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Saber Dizer Adeus...



Saber dizer adeus...

Quando?

Quando tiverem morrido os sentimentos meus?

Como?

Como quem não quer mais se magoar?

Por quê?

Por que morreram as razões para ficar?

Por que não há mais encontros no olhar?

Por que morremos nesse caminhar?

Existiu sentimento?

E os carinhos sonhados?

Os amados beijos em delícias?

Onde estão?

Onde foram?

Nestes teus olhos mudos?

Em meu adeus...

Digo adeus…

Borboletas

Deixo-as voar em outros jardins.

Despeço-me em agonia

Que morram todas as flores.

Que o limo e a tristeza

Levem os passarinhos

A cantar em outras paragens.

Cala-me a voz

Silêncio na alma

Não tenho mais nada a falar.

Morreu a poesia...

Adeus versos… Adeus poesia...

Adeus Você...