Alguém viu por qual estrada seguiu minha inspiração?
Por favor, diga-me quem souber o rumo que ela tomou.
Preciso dizer que só ela enchia meu peito de versos...
Eram seus olhos que me seduziam...
Era seu sorriso que me fazia ter as rimas...
Era o desejo que me entorpecia e me levava ao mundo
dos sonhos e devaneios...
Tantas vezes entreguei-me aos seus abraços, perdi-me em seus braços,
em seus carinhos e em seus beijos...
Tantas vezes fiz amor com minha inspiração...
Gemi meu êxtase, gritei meu prazer e me doei cada vez mais...
Ah seu cheiro... Seduzia-me ao ponto de fechar os olhos e só sentir...
Tantas vezes adormeci no calor do seu corpo embalada pelas batidas do seu coração...
Sou poeta... Necessito de inspiração... Necessito tê-la em mim...
Preciso da sua voz em meus ouvidos, de suas mãos percorrendo meus caminhos, explorando-me, fazendo com que eu deseje mais e mais o desejo de desejar...
Preciso dizer o quanto me custa ser poeta, me custa rimar, me custa sonhar...
Custa-me também afirmar que a escolha foi minha...
Fiz o que pude para afastá-la...
Arquitetei a forma de fazê-la fugir, pois não conseguiria mandá-la embora.
A mente queria assim...
Fui racional e não mais poeta.
Sufoquei-a... E ela se foi... Conseguindo assim meu intento...
Eu não podia mais, pois além de ser poeta sou frágil, e da minha fragilidade devo confessar, tenho medo... Fico vulnerável e acabo apaixonando-me pelos
fantasmas que crio...
Coisa de poeta que precisa sofrer para compor os mais belos poemas.
Mas... Por favor, alguém viu a direção que tomou minha inspiração?
Para qual das estradas ela foi?
Preciso saber...
Preciso seguir o lado contrário ao dela... Não posso mais encontrá-la...
Adeus minha linda inspiração...
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