quarta-feira, 3 de junho de 2009

Como Ser Poeta Sem Minha Inspiração?


Alguém viu por qual estrada seguiu minha inspiração?

Por favor, diga-me quem souber o rumo que ela tomou.

Preciso dizer que só ela enchia meu peito de versos...

Eram seus olhos que me seduziam...

Era seu sorriso que me fazia ter as rimas...

Era o desejo que me entorpecia e me levava ao mundo

dos sonhos e devaneios...

Tantas vezes entreguei-me aos seus abraços, perdi-me em seus braços,

em seus carinhos e em seus beijos...

Tantas vezes fiz amor com minha inspiração...

Gemi meu êxtase, gritei meu prazer e me doei cada vez mais...

Ah seu cheiro... Seduzia-me ao ponto de fechar os olhos e só sentir...

Tantas vezes adormeci no calor do seu corpo embalada pelas batidas do seu coração...

Sou poeta... Necessito de inspiração... Necessito tê-la em mim...

Preciso da sua voz em meus ouvidos, de suas mãos percorrendo meus caminhos, explorando-me, fazendo com que eu deseje mais e mais o desejo de desejar...

Preciso dizer o quanto me custa ser poeta, me custa rimar, me custa sonhar...

Custa-me também afirmar que a escolha foi minha...

Fiz o que pude para afastá-la...

Arquitetei a forma de fazê-la fugir, pois não conseguiria mandá-la embora.

A mente queria assim...

Fui racional e não mais poeta.

Sufoquei-a... E ela se foi... Conseguindo assim meu intento...

Eu não podia mais, pois além de ser poeta sou frágil, e da minha fragilidade devo confessar, tenho medo... Fico vulnerável e acabo apaixonando-me pelos

fantasmas que crio...

Coisa de poeta que precisa sofrer para compor os mais belos poemas.

Mas... Por favor, alguém viu a direção que tomou minha inspiração?

Para qual das estradas ela foi?

Preciso saber...

Preciso seguir o lado contrário ao dela... Não posso mais encontrá-la...

Adeus minha linda inspiração...

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