sexta-feira, 4 de abril de 2014

Bastaria...?


Julgava que minha vida havia começado cedo demais
Que havia amado e sido mãe cedo demais
Que havia conhecido os desafios dos convívios 
e me deixado iludir pelas minhas expectativas, 
cedo demais. 
Assim, pensava que tarde demais havia compreendido 
que aos relacionamentos eu precisaria ter dedicado 
o que de melhor eu pudesse ser. 

Imaginava que tarde demais havia percebido 
o quanto minhas alegrias tinham sido frustradas
 e subjugadas pelas minhas equivocadas expectativas,
 porque estas, muitas vezes, significavam eu me enxergar 
em alguém e não descobrir em alguém uma oportunidade 
para eu me expandir.

 Em minha vida, entretanto,
 aprendi que cedo demais ou tarde demais nada significam 
porque quanto mais tarde se faz o dia, 
mais cedo está o novo amanhecer. 

Assim, hoje, posso dizer que não há tempo para eu amar, 
ser mãe, conviver, aprender a viver e à vida me entregar. 
Nada é cedo ou tarde demais

A vida para mim se revela quando ela deseja se revelar
 Nem cedo demais, nem tarde demais, 
mas no preciso e precioso tempo 
em que o universo desejar me acariciar.
***
“Eu me pergunto por que insisto 
em buscar uma visão intelectualmente 
compreensível para a liberdade... 
Não me bastaria exercê-la...?”

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