quinta-feira, 20 de março de 2014

A Doença Ensina...!


Sim, digo ao meu médico que tenho dor no peito, 
mas digo também que minha dor é dor de tristeza, é dor de angústia. 
Conto ao meu médico que tenho azia, 
mas descubro o motivo pelo qual, com meu gênio, 
aumento a produção de ácidos no estômago. 
Relato que tenho diabetes, 
no entanto, não esqueço de dizer também
 que não estou encontrando mais doçura em minha vida 
e que está muito difícil suportar o peso de minhas frustrações.
Menciono que sofro de enxaqueca, 
mas confesso que padeço com meu perfeccionismo, 
com a minha autocrítica, que sou muito sensível a crítica alheia 
e demasiadamente sofro de ansiedade. 

Muitos querem se curar, 
mas poucos estão dispostos a neutralizar em si 
o ácido da calúnia, o veneno da inveja,
 o bacilo do pessimismo e o câncer do egoísmo. 
Não querem mudar de vida. 

Se preocupam com a cura de um câncer, 
mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa. 
Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, 
mas querem continuar com o peito fechado
 pelo rancor e pela agressividade. 
Almejam a cura de problemas oculares, 
mas não retiram dos olhos
 a venda do criticismo e da maledicência. 
Pedem a solução para a depressão, 
entretanto, não abrem mão do orgulho ferido 
e do forte sentimento de decepção 
em relação a perdas experimentadas. 
***
"Conte ao seu médico... Não trate apenas dos sintomas tentando eliminá-los 
sem que a causa da enfermidade seja também extinta. 
A cura real somente acontece do interior para o exterior...!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário