Essa coisa meio amarga que fica aqui,
ainda me fazendo pensar
Por mais que eu tente não adianta,
estou sempre podando e está sempre crescendo
Mas não consigo arrancar a raiz,
seria arrancar uma parte do que já fui
e do que já quis ser
sendo cortada nas minhas entrelinhas
O gosto ainda amarga minha boca, por vezes
arde tanto que me fere
E além da coragem o que mais?
Além de tudo o que vai contra
o que mais na verdade eu deveria fazer?
O que mais?
Aiii que de "o que mais" estou farta também
Eu quero o que eu quero e ponto, não o que mais
Satisfação garantida nunca há de existir se
esse gosto e essa coisa não saírem de mim
Meu pensamento está preso, agarrado, amarrado
Sou a cega tentando cantar para o surdo
Sou a burra falando para o idiota que não quer saber
Sou a estatelada no mesmo ponto que nunca vai ser linha
Que nunca vai encontrar a outra ponta e fazer o seguimento
Estranho modo de pensar e de sentir...!
Nenhum comentário:
Postar um comentário