"Acham que eu estou realmente bem,
que tenho mesmo condições de segurar a minha barra sozinha.
Isso me deixa ainda mais confiante...!"
Relendo minhas postagens de ontem, aceito as críticas... Todas...! ;)
As pessoas tem a mania de dizer, "não sou de ferro", eu também não,
mas existem horas que precisamos viver como se fossemos.
Do nada o tempo fecha, aquela nuvem negra paira sobre a cabeça...
Fica difícil olhar adiante, você não encontra saída,
não encontra nada que lhe arranque um sorriso,
um só, eu queria ontem ter conseguido dar um só sorriso.
É estranho acordar hoje e levar meu dia como se ontem não tivesse existido,
não posso, nem se eu tentasse com toda força
eu tiraria do meu coração toda tristeza que o ontem me deu.
Caminhei com uma dor aguda
me lembrando a todo instante que uma hora vou pifar.
Voltando para casa vi um gatinho ser atropelado, morrer na minha frente,
sem eu poder fazer simplesmente nada,
passei meu dia com uma sensação horrível de impotência.
Um sermão por tudo de errado que fiz e faço
desde que começou toda essa loucura dessa doença desgastante.
Nossa, ela te consome, não só os órgãos, mas a mente,
a força, a vontade, e é nessa hora que devemos ser de ferro.
Sem contar que você sabe que o seu disfarce já não encobre as suas faltas,
você perde a noção, não se encontra
e acaba se fechando em seu mundo, em sua própria cabeça.
Se sentir só e estar só se unifica e tudo se torna mais difícil,
algumas pessoas passam a te irritar de tal forma
que fugir delas não é o bastante,
outras dizem querer ajudar e você tem a plena certeza
que te atrapalham, menos até do que gostariam,
sentem um prazer mórbido em puxar seu tapete,
e você se faz de desentendido porque não quer piorar as coisas,
se faz de idiota e deixa que pensem que é idiota,
mas seu sexto sentido aguçado nessa hora é tudo,
e joga com elas e espera, porque acabam se traindo.
Outras te abandonam porque tem preguiça de entender,
deve ser mesmo muito cansativo conversar com alguém
que não consegue segurar o humor,
que tem momentos de extrema perda de noção,
uma carência doentia, uma impotência enorme,
e uma potência maior ainda de esconder o que sente de verdade,
esses eu não culpo, ninguém é obrigado a permanecer onde não quer.
E o meu mundo da fantasia?
Sim, esse se faz cada vez mais forte,
mas às vezes, ele acaba em uma mistura de passado e presente
abrindo um buraco maior ainda no peito.
Céus a Pollyanna que existia em mim por onde anda?
Pobre, deve ter fugido também...!
Bom, aceito as críticas,
ontem peguei muito pesado,
e hoje, mesmo que esteja ainda nublado vou tentar voltar...
***
"Um dia a gente aprende a conviver com uns. E a sobreviver sem outros... Mas eu juro que não queria ter tido que abrir mão de você... Eu queria que tivesse tido paciência comigo... Que soubesse que o que mais me doeu foi ter voltado e saber que você não quis me esperar... Mas... Que mesmo quando estivermos doendo não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria...! "
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