Tantas vezes antecipo-me em respostas,
para as quais ainda nem existem perguntas,
me derramo antes da chuva
Antevejo a estrada, e quase sempre sei onde ela vai dar,
e não raras vezes, me perco no meio daquilo que eu já sabia.
E, quando me pressinto assim, recuo!
Talvez eu saiba exatamente o que fazer para mudar isso,
eu sei e quero.
Mesmo sabendo o que fazer, não faço!
Isso deve ser um vício, só pode!
Viver perdida, seguir pelos mesmos caminhos,
se machucar nos mesmos espinhos,
tentar conter coisas que não criei,
justificar erros que não são meus
Pago o preço pelo processo de repetição em que me encontro.
Me pego sentindo saudades do que nunca existiu,
tentando mudar o que poderia ter sido.
Me vejo tentando ler um silêncio que já não diz nada,
esperando um gesto onde agora nem mesmo as palavras existem
Me decepciono e não aprendo,
fico ainda tentando entender os porquês.
E de tantos “porquês”, constato e me perco,
para ter que admitir que tudo não passou de um engano...
***
"Mas agora chega... Fiquei com raiva de mim!
Não questiono nada então,
deixo de procurar “sinais”, não me confundo mais.
Deixo tudo como está.
Fica tudo certo na aparente quietude de teus medos.
Tudo previsto e ensaiado.
Talvez se contente assim! Não eu!
Não gosto de gente morna...!
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