Sou leviana itinerante de meus maculáveis eclipses
Mas esbarro em meus muros cercados
e divido com eles, o medo e a coragem
o prazer e o tédio, a loucura e a sensatez
Cavalgo mansamente e não possuo terras férteis para essa mansidão
Na retidão de meus caminhos há estradas sinuosas que evito percorrer
Não há juízo reto em meus trilhos
Difamo meu coração, meu corpo
a casca e a semente que em outro tempo idolatrei
Permito me corroer
Já não sou...!
Não vou...!
Sou tragada...!
Sou prudente como serpente
Ingênua como pomba
Sou o espantalho dos meus sonhos e ilusões
Nesse istmo, intramuros já não aposto no amor
***
"Abismo fatal, só desilusão...!
Águas que correm
Amores que morrem
Quimeras no chão...!"
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