sábado, 6 de abril de 2013

E Agora? Não Sei...



Uma vez nossos olhos se encontraram
Quanto tempo faz? 
Já não recordo ao certo...

Levei muito tempo para entender o que realmente acontecia,
quebrei regras, fugi do que sempre achei correto, me deixei viver... 
Era fogo que não parava de arder. 
Quanto tempo faz? Não sei...

Hoje, só recordação, 
mas eu ainda escuto sua voz, imagino seu rosto, 
lembro seu corpo, sinto seu cheiro e bate a saudade. 

Estamos distantes, em mundos tão diferentes 
e você não cansa de dizer que precisa me ver, que precisa de mim. 
E eu me pergunto: - E agora?

Quanto tempo faz que não nos vemos? 
Quanto tempo faz que não nos tocamos? 
Quanto tempo faz que eu não enlouqueço 
Em seus braços... Em sua boca...  
Em você? 
Já não recordo ao certo...

Em meus sonhos de amor você sempre chega 
e com seu jeito lindo de menino afobado 
me faz perder a cabeça, o rumo, a rima, 
diz que a vida deve ser vivida, 
que mais nada além do que se sente importa
 e eu me deixo levar, e me entrego e me perco... 
...e depois, me acuso, me culpo... 

Das lembranças, 
a que mais sobrevive é a que eu te fascinava quando
 me livrava dos pudores, 
ainda ouço você procurando palavras,
 ainda vejo seus olhos brilhando quando eu o conduzia
 para que me percorresse os caminhos 
do jeito que me fazia sentir mais mulher. 

Seu jeito incrédulo quando eu derrubava minhas barreiras, 
quieto me consumindo com os olhos, 
sorrindo com jeito de moleque, 
olhos apertados como se as descobertas interessantes 
fizessem o momento ser mágico.

Deliciado ao me tocar... 
Eu o tirava de órbita quando o conduzia 
a me amar e ávido em aprender me tocava 
da forma que me preenchia mais do que eu esperava.

Era como se os deuses descessem do céu 
e tocassem seus acordes para o que era arte em amar...

Vai longe o tempo das sensações deliciosas, 
do sorriso nos olhos, 
das gargalhadas quando a brincadeira tomava a frente 
e agíamos como duas crianças fazendo loucuras e falando bobagens.

Os lugares apaixonantes que ao seu lado conheci,
os momentos de puro prazer só pela sua presença em meus dias. 
Seu jeito de me tocar os sentidos, 
de me fazer sair do chão,
 perder a razão, 
me perder em você, me perder de mim.

Nem lembro quanto tempo faz...
E agora? Não sei... 
Não há mais o agora, não há mais nós, 
não há mais do que lembranças que
 me tiram da realidade e me fazem doer... 
***
“O que és senão um fantasma?
Por que rondas minha madrugada?
Por que rondas minha vida?
Por que não te esqueço?
E agora o que faço? Não sei...
Não devo continuar...
Você me entende? 
Precisa entender!”

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