segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sossega, coração...



Eu tinha para mim que eras puro e sincero,
e por isso, talvez acreditei em ti...
Nesse tempo, em meu ser, fazia a primavera 
e as flores do meu sonho em minha alma colhi
Depois... Foi de repente... 
Ao passar da estação,
tornou-se o meu amor maior... e mais ardente.
Havia no meu peito o calor do verão,
- e julguei que eras meu, meu inteiramente.
E o tempo foi passando... E tudo, pouco a pouco
mudou - e me senti em um completo abandono.
Caíram para sempre as ilusões - e eu, louca,
as vi secar no chão como folhas de outono...
E um dia... Veio o inverno insípido e tristonho,
- fazia muito frio... e em minha alma nevou
E a neve foi caindo, e sepultou meu sonho...

***

"Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solene pausa
Antes que tudo em tudo se transforme..."

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