Horas existem na vida da gente
em que tudo se intensifica,
horas estas em que estamos tão frágeis
que a mínima coisa,
e aquilo que talvez não tivesse
importância em outro momento,
mas nesse, justamente nesse,
ganha uma dimensão descomunal,
totalmente fora do normal,
e nos deixa completamente tristes
Talvez seja a fragilidade deixada por uma saudade,
fragilidade refletida no desejo interrompido,
fragilidade sentida no “detalhe” não percebido,
fragilidade até egoísta, fora de hora, sei lá
Mas, de toda e qualquer forma, fragilidade
Fragilidade do corpo que desaba,
fragilidade da lágrima que rola,
fragilidade do pensamento que não consola,
fragilidade de algo que não acaba...
Fragilidade da alma que se esvai,
do coração que aos pouco se vai
Fragilidade que deixa sem rumo
e nos deixa na contramão,
Fragilidade que mergulha fundo
e nos pega em cheio,
bem no meio, dentro,
no centro... da nossa solidão...!
E o que fazer então?
Talvez sentar e esperar, encolher o corpo,
recolher a alma, e esperar...
***
"Eu que já não sei de você,
Você que já não quer saber de mim...
Eu preciso te esquecer... É urgente...!"
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