E mais uma vez estou aqui pensando em você,
e essa dor que dilacera a alma
faz todo o corpo sentir...
No peito um buraco, no coração só o vazio que restou
depois que,
de novo e de novo, nos abandonamos
O sentimento fraquejou...
Se ainda pudesse acreditar nesse sentimento,
sentimento que não sabe sentir não é sentimento!
Carinho da boca para fora,
que não se incomoda com o que causa no outro.
Que foge, que magoa, que fere
e nem sequer mostra arrependimento.
Sentimento que teima no que nunca quis,
que desiste do que sempre esperou.
Covardia que retira os sonhos,
que faz sentir apenas a falta
daquilo que poderia ter sido.
O tempo passa e a história se repete,
e eu tentando me convencer
que um sentimento verdadeiro
não pode ser assim...
E nos seus dias apenas o abismo de alguém que
segue tentando se convencer das impossibilidades
que você mesmo criou.
Segue, não pensa, não sente...
Enterra sua vontade
para não ter que encarar a própria verdade...
Segue na superfície das coisas,
na rotina dos dias, no vazio de abdicar.
E mesmo sem querer pensar,
sem querer sentir, continua sentindo o mesmo vazio,
a mesma frustração que eu...
Eu, dilacerada, partida, quebrada...
Mas eu assumo o que sou,
e, principalmente, o que sinto!
Senti, me entreguei, lutei, chorei, choro!
Mas, jamais deixei de ser o que sou,
sei que errei muitas vezes, disse o que devia
e o que não devia também, mas vivi
sempre de acordo com a verdade do que sinto.
Verdade!
Mas, sei lá, o medo,
uma vida que não é sua modifica as pessoas, será?
Não sou e nem quero ser a dona da verdade,
até porque andei me enganando,
insisti em acreditar em um sentimento que era só meu...
Acreditei em alguém que dizia me querer,
como se fosse normal querer alguém
e nada fazer para viver verdadeiramente essa vontade.
As mesmas palavras... o mesmo desfecho... sem adeus!
***
"Seria tão bom se as pessoas partissem
e não levassem um pedaço de nós..."
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