sábado, 29 de setembro de 2012

Isto Não É Um Adeus




Você e eu somos amigos do espaço sideral
Com medo de deixar ir
Os dois únicos que entendem este lugar
E tão longe quanto nós conhecemos...

Nós éramos algo além do nosso tempo
Tão corajosos quanto somos cegos
Apenas outro erro perfeito
Outra ponte para pegar no caminho para deixar ir...

Isto não é um adeus
É apenas o jeito que o amor é
Quando palavras não são quentes o suficiente, 
para manter o frio longe...

Isto não é um adeus
Não é assim que a nossa história termina
Mas eu sei que você não pode ser mais meu amigo, 
não do modo como sempre foi...

Contanto que nós tenhamos tempo...
Isso não é um adeus
Não, isso não é um adeus...

Nós fomos estrelas no céu ensolarado
Ninguém mais podia ver
Nenhum de nós pensou em perguntar por que
Não era para ser assim
Talvez nós estejamos muito distantes
Para alguma vez tentar entender 
Talvez nós sejamos vítimas desses tais tolos planos
Que começamos a inventar...


Mas isto não é um adeus
é apenas o jeito que o amor se vai
Quando as palavras não são quentes o bastante, 
para manter o frio longe...

Isto não é um adeus
Não é assim que a nossa história termina
Mas eu sei que você não pode mais ser meu amigo
Não do modo que você sempre foi...
***
"Contanto que nós tenhamos tempo... 
Isso não é um adeus...
Mas se for...
Em outra vida quem sabe a gente 
não se encontra por acaso?"




sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Gosto de Desafio...



Gosto de desafio... 
Gosto de me infiltrar 
na vida de um cara que diz não saber amar, 
não querer se prender! 
Quando ele percebe, já sou parte dele. 
A pior parte é deixar de ser, demorei a aprender. 
Mas desafio é desafio... 
Sou puxada como um imã para essa gente 
mal resolvida emocionalmente, 
essa gente que recua, pula pela janela. 

Quem sabe é algum tipo de missão, 
essa coisa de cuidar, curar, ensinar 
e ver um pedaço de você voando, 
desapegado, pela janela. 
Talvez seja só uma acomodação masoquista
de quem é bem mais familiarizada com a dor 
e esse lado complexo e 
conturbado das pessoas e relações.

Pode ser só medo de alguém, 
desses organizados demais por dentro, 
chegar me mostrando que felicidade 
é uma coisa completamente diferente 
de tudo que eu sempre acreditei 
e me apeguei a vida toda... 
E eu ter que me virar do avesso, 
pela milésima vez, e rasgar por desgaste... 

Meu pavor da linha tênue entre ser corajosa e 
ser covarde ser rompida por um carinha todo certo. 

Acontece que minha bagunça é tudo 
que eu tenho para oferecer, 
mas ela precisa ser acolhida e não arrumada. 
Se tirar uma peça do lugar, 
eu não me encontro mais 
e aí sobra quem aqui? 
Uma boneca de argila do cara 
que não se assusta com a vida? 

Que Deus me livre e me guarde. 
Tô dispensando essa felicidade embrulhada 
para presente com um laço vermelho. 
Não sei lidar 
e prefiro distância dos politicamente corretos, 
emocionalmente maduros, sabichões de plantão...

Nasci assim, e não admito alguém me questionando 
ou discordando de mim todo o tempo. 
Que Deus me defenda de lição de moral no café da manhã!

Me disponho aos que não sabem o que fazer, 
mas fazem assim mesmo, de olhos vendados. 
Essa felicidade em conta-gotas, 
que vicia e sacia em doses homeopáticas. 
Tem coisa mais linda? 

Me proponho a ficar hoje, amanhã 
e até quando der, sem grade na janela. 
Aceito as desculpas 
por ele não saber isso, não conseguir aquilo. 
Reconheço 
e não resisto aos esforços do cara 
mais desajeitado do mundo, 
tentando, do jeito mais torto possível, 
ser tudo que ele leu 
numa revista sobre o que as mulheres esperam...

Porque, sinceramente? Ainda que tudo acabe, 
eles vão embora com um pouquinho de mim 
e tudo que eu sou e acredito...
*** 
"A gente aprende e se encontra um dia, por aí..." 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012



E mais uma vez estou aqui pensando em você, 
e essa dor que dilacera a alma 
faz todo o corpo sentir...
No peito um buraco, no coração só o vazio que restou 
depois que, 
de novo e de novo, nos abandonamos 
O sentimento fraquejou... 
Se ainda pudesse acreditar nesse sentimento, 
sentimento que não sabe sentir não é sentimento!
Carinho da boca para fora, 
que não se incomoda com o que causa no outro. 
Que foge, que magoa, que fere 
e nem sequer mostra arrependimento. 
Sentimento que teima no que nunca quis, 
que desiste do que sempre esperou. 
Covardia que retira os sonhos, 
que faz sentir apenas a falta 
daquilo que poderia ter sido. 
O tempo passa e a história se repete, 
e eu tentando me convencer 
que um sentimento verdadeiro 
não pode ser assim...
E nos seus dias apenas o abismo de alguém que 
segue tentando se convencer das impossibilidades 
que você mesmo criou.
Segue, não pensa, não sente... 
Enterra sua vontade 
para não ter que encarar a própria verdade... 
Segue na superfície das coisas, 
na rotina dos dias, no vazio de abdicar.
E mesmo sem querer pensar, 
sem querer sentir, continua sentindo o mesmo vazio, 
a mesma frustração que eu... 
Eu, dilacerada, partida, quebrada... 
Mas eu assumo o que sou, 
e, principalmente, o que sinto! 
Senti, me entreguei, lutei, chorei, choro! 
Mas, jamais deixei de ser o que sou, 
sei que errei muitas vezes, disse o que devia 
e o que não devia também, mas vivi 
sempre de acordo com a verdade do que sinto. 
Verdade! 
Mas, sei lá, o medo, 
uma vida que não é sua modifica as pessoas, será? 
Não sou e nem quero ser a dona da verdade, 
até porque andei me enganando, 
insisti em acreditar em um sentimento que era só meu... 
Acreditei em alguém que dizia me querer, 
como se fosse normal querer alguém 
e nada fazer para viver verdadeiramente essa vontade. 
As mesmas palavras... o mesmo desfecho... sem adeus! 
***
"Seria tão bom se as pessoas partissem 
e não levassem um pedaço de nós..."

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Por Que Sinto Tanto a Sua Falta?


Há momentos que nos fazem querer permanecer 
para sempre em alguém. 
Acredito no que sinto, e só... 
Porque o que determina quem somos é o que sentimos, 
as pessoas que nos marcam e os 
momentos que passamos com elas. 
Pessoas, gestos, afetos, momentos nos fazem “SER”...
Frustrante quando por medo, por covardia, pressão, obrigação, 
ou seja lá porque for, até pelo que não entendemos 
ou pelo que pensamos ser nobre, 
lutamos contra o que sentimos... 
Mas eu sinto a sua falta! 
Por que deixamos de cultivar momentos, 
silenciamos saudades, 
reprimimos vontades, desperdiçamos afetos? 
Por que deixamos de ser nós mesmos 
e fizemos de tudo para nos machucar? 
Nossa essência se perde quando fazemos 
o contrário do que o nosso coração sente e quer... 
Por que sinto tanto a sua falta? 
Será por que não se trata apenas de quem somos? 
Do que sentimos? Do caminho que escolhemos? 
Não sei... Mas me pergunto onde queremos chegar... 
E, sobretudo, por que deixamos de querer estar lá, 
para dividir nossos melhores e piores momentos... 
Nossa, eu tentei com tanta força te esquecer!  
É mais forte do que eu, confesso... 
Permiti que meus medos, obrigações, imposições, 
e a minha falta de atitude 
te deixassem ir sem ao menos 
questionar se você sabia o que estava fazendo. 
Agora me entrego à memória do nunca... 
Mas você sabe o que quer. E eu sei exatamente o que não quero. 
Eu que só queria o momento. 
Você não sabe dos meus erros, mas eu conheço seus enganos 
e prefiro pensar que de alguma forma 
você sente a minha falta... 
***

"Não quero agora pensar nas tuas razões, 
te fazer entender meus motivos, 
meus argumentos podem ser óbvios, 
mas talvez apenas para mim. 
Difícil esperar, mais ainda dar o primeiro passo..."