quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012


Talvez a dimensão do espaço que ocupo agora
seja opressor demais
e por mais que aperte o peito,
por mais que o nó na garganta continue
liberado nesse soluço teimoso,
não consigo parar de pensar.
Ainda tento entender, me questiono, procuro por que,
encaixo dúvidas, crio desculpas
e só o que sobra é o que em mim machuca...
"sempre, o sempre, o para sempre e o de sempre".

Não entender não me faz mais burra
e sim só torna maior o buraco que se instala
por saber que realmente em matéria de importância
"sou a sobra, sou o resto, sou o nada."

O tempo agora é meu aliado,
vamos dar as mãos e caminhar juntos
e nesse caminho do daqui para frente espero me reconstruir,
vou catar meus pedaços que foram deixados por anos
na espera de você, nessa esperança de "um dia".

Vou ficar bem e espero que você também fique,
apesar de saber que já está,
mas te desejo mais, muito mais.

Não vou pedir para me esquecer porque você já fez isso,
também não vou dizer que vou te esquecer
porque não adianta que não consigo,
espero só que não reste nada de mim em você,
nem mesmo um instante de algum sorriso meu
que você tenha notado
e que por um breve instante menor ainda
tenha invadido teu pensamento...

E também, porque um dia eu disse que não te pediria nada,
mesmo que tenha me contradito quando pedi
e nesse momento entendi porque eu nunca o fiz..
Já tinha a certeza que não aconteceria...

(27/01)

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