Meu ser busca hoje o que ainda resta de mim
de minhas andanças, e de retalhos em retalhos
tento refazer novamente minha unidade
que se encontra perdida nesse infindo espaço
sem tempo de nada ser.
É querer plainar no voo eterno, findar
dilacerar o que mata lento, que dói a alma
que faz pranto calado nas madrugadas da vida.
No encontro no amor que busco
e que me completa, mas distante está
e dentro da impossibilidade de ser
presença sentida
em momento de desejos e solidão que amarga
que tritura, que range, dilacera meu ser
e nessa busca sigo avante
e meu uivo se perde nas caladas
uivo rouco, doidivano.
Em busca de mim, do ficar aqui
do querer permanecer, mas o todo querer
apenas plainar e nunca mais voltar
apenas fazer o meu vôo calado
rumo minha montanha, minha casa verdadeira
minha morada onde sou eu pássaro ligeiro
liberta de todos os elos sendo apenas amor.
***
"Estou sozinha, sentada à beira de um caminho sem saber para que lado devo me dirigir. Meu coração já não sabe que destino tomar, pois hoje ele é mais triste, cansado, sem forças para procurar a felicidade... Felicidade...
mas o que é isso?
Nenhum comentário:
Postar um comentário