terça-feira, 17 de maio de 2011



Eu tenho um coração um século atrasado
Ainda vive, a sonhar ainda sonha, a sofrer
Acredita que o mundo é um castelo encantado
E criança, vive a rir, batendo de prazer

Eu tenho um coração um mísero coitado
Que um dia há de por fim, o mundo compreender
é um poeta, um sonhador, um pobre esperançado
que habita no meu peito e enche de sons meu ser

Quando tudo é matéria e é sombra ele é luz
Ainda crê na ilusão, no amor, na fantasia
Sabe de cor os versos que compus

Deus pôs-me um coração com certeza enganado:
e é por isso talvez, que ainda faço poesia
lembrando um sonhador do século passado

***
"Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada,
mas se não desejo contar nada, faço poesia.
Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário."
***

segunda-feira, 16 de maio de 2011



Difícil entender
O mundo sem você
Não dá nem pra tentar...

Não posso te perder
Que sentido tem o mundo inteiro
Sem você?

Eu preciso tanto ter você
pra sempre em minha vida
Seja da forma que for...

O que que eu faço amanhã quando eu me levantar?
O que que eu digo a saudade quando ela chegar?
O que que eu faço pra me acostumar a viver sem você?
***

"Preciso do seu sorriso, da sua força, da sua mão amiga e companheira...
O que eu digo pra mim se você me deixar?"

***

Enquanto Houver Você...


O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete, a cena se inverte
enchendo a minha alma daquilo que
outrora eu deixei de acreditar

Tua palavra, tua história
tua verdade fazendo escola
e tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim agora é assim
de um lado a poesia o verbo a saudade
do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim...

***
"Não tenho medo da morte...
Tenho medo sim, que pessoas que amo morram antes de mim..."
***
"Só enquanto eu respirar quero ter você do meu lado, por favor não me decepcione."
***

Delírios do meu Coração...


Não me tire o chão
Não confunda minha cabeça
Não me faça pesar e questionar
as decisões tão seguras que tenho
Não me atire o passado como faca afiada
cortando mais uma vez os meus pulsos,
mostrando o quanto e quantas vezes
morri quando nos perdemos...

Nunca te esqueci e não sei fingir
Dentro do peito coração diz que te amo
Nunca mais voltei, não te procurei
E no meu silêncio só eu sei o quanto te chamei...

Nada se apagou a saudade não deixou
É difícil esquecer mesmo longe de você
Fomos muito, fomos tudo
Fomos...

Na sua vida não há mais lugar pra mim,
E mesmo que haja não posso ocupá-lo...
O que resta é só um sonho, um pensamento,
alguma coisa assim
Eu não te quero mais em minha vida...

Não existe despedida quando a gente quer ficar,
Mas talvez sejam delírios do meu coração
Quem sabe essa saudade, essa solidão...

Ainda te amo, ainda te quero...
Mas por você não mais espero e não penso em voltar.
***

"Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio, que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca, porque metade de mim é o que eu grito e a outra metade é silêncio... Metade de mim é abrigo e a outra metade é cansaço...
E que minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor
e a outra metade... Também..."
***



quarta-feira, 11 de maio de 2011

..Mas corro sempre!


Corro!
Corro como quem quer alcançar o mundo!
Corro por um abraço,
um abraço de amor profundo,
anseio por um olhar brilhante
e morro em desespero por um sorriso!

...Mas corro sempre! Corro sôfrega!
Escalo os montes da vida,
tantas vezes com a alma, já cansada, abatida,
tantas vezes à espera de coisa alguma,
mas sabendo que tudo está à minha espera!

...É então, que me Abraças,
de Olhar brilhante, Sorriso esplendoroso,
Querendo ser o Sol da minha tempestade!
Apaziguando minha ansiedade,
calando minha boca calada, beijando minha Alma...

E é assim, que vai me ensinando
é assim que vai me pedindo para Te Amar!
E eu mesmo não te amando, Te Amo,
ainda que por vezes não queira...

Estou cansando das enfadonhas mesmices de sempre,
entenda que para amar é preciso renunciar,
Você sempre fez parte desse jogo atrapalhado,
não vou cegamente permanecer aos seus caprichos
vivendo mais uma relação regada a ausência...
Já tenho ausências demais em minha vida!

***
"Quando a vida não encontra um cantor para cantar seu coração, produz um filósofo para falar da sua mente."

***



terça-feira, 10 de maio de 2011

Me pedes e Me perdes...



Então me vens e me chega e me invades
e me tomas e me pedes e me perdes
e te derramas sobre mim com teus
olhos sempre fugitivos
e abres a boca para libertar novas histórias
e outra vez me completo assim, sem urgências,
e me concentro inteira nas coisas que me contas,
e assim calada, e assim submissa,
te mastigo dentro de mim enquanto
me apunhalas com lenta delicadeza
deixando claro em cada promessa
que jamais será cumprida,
que nada devo esperar
além dessa máscara colorida,
que me queres assim
porque assim que és...

***
"Meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável.
Meu coração é uma planta carnívora morta de fome."
***

Não há palavras...



Tenho a boca afiada de punhais
não choro
olho os faróis com duros olhos
ardidos de quem tem febres
mas não sangro
as mãos vazias deixam passar o vento
lavando os dedos que não se crispam
não há palavras, nem mesmo estas

O único sentido de estar aqui
é apenas estar secamente aqui
cravada como um prego
em plena carne viva da tarde.

***

"Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão.
E que só sabe escrever."

Vai passar, tu sabes que vai passar...



Vai passar, tu sabes que vai passar.
(...)E substituímos expressões fatais como "não resistirei"
por outras mais mansas, como "sei que vai passar".
Esse é o nosso jeito de continuar, o mais eficiente
e também o mais cômodo, porque não
implica em decisões, apenas em paciência.

Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais.
Fumarás muito também,
e talvez até mesmo te permitas tomar alguns
desses comprimidos para disfarçar a dor.
Claro que no começo, pouco depois de acordar,
olhando à tua volta a paisagem de todo dia,
sentirás atravessada não sabes se na garganta
ou no peito ou na mente - e não importa -
essa coisa que chamarás com cuidado,
de "uma ausência".
E haverá momentos em que esse osso duro
se transformará numa espécie de coroa
de arame farpado sobre tua cabeça,
em garras, ratoeira e tenazes no teu coração.

Atravessarás o dia fazendo coisas como
tirar a poeira de livros antigos e velhos discos,
como se não houvesse nada mais importante a fazer.
E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas
e abrindo janelas para que sopre esse vento que
deve levar embora memórias e cansaços.

Mas...Vai passar, tu sabes que vai passar.

***
"E sonho esse sonho que se estende em rua, em rua em rua em vão."

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Quando foi que me desequilibrei?


Que coisas são essas que me dizes sem dizer,
escondidas atrás do que realmente quer dizer?
Tenho me confundido na tentativa
de te decifrar, todos os dias.
Mas confusa, perdida, sozinha,
minha única certeza é que
cada vez aumenta ainda mais
minha necessidade de ti.
Eu já não sei o que faço.
Não sinto nenhuma outra alegria além de ti.

Como pude cair assim nesse fundo poço?
Quando foi que me desequilibrei?
Não quero me afogar.
Quero beber tua água
Minha sede é clara...
***
"É exatamente no momento em que me perco é que te acho...
De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito.
E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida.”

***


sábado, 7 de maio de 2011

Queria ter coragem

Para falar deste segredo

Queria poder declarar ao mundo

Este amor

Não me falta vontade

Não me falta desejo

Você é minha vontade

Meu maior desejo

Queria poder gritar

Esta loucura saudável

Que é estar em teus braços

Perdido pelos teus beijos

Sentindo-me louco de desejo

Queria recitar versos

Cantar aos quatros ventos

As palavras que brotam

Você é a inspiração

Minha motivação

Queria falar dos sonhos

Dizer os meus secretos desejos

Que é largar tudo

Para viver com você

Este inconfesso desejo

***

Carlos Drummond de Andrade



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Eiiiii...


Monte beijos!!
S2

Deixa Amor?

Deixa amor?
Deixa que eu fale da saudade que sinto,
Das incertezas que pinto
Do medo tão intenso...

Deixa amor?
Deixa que eu registre a loucura
de te querer, a vontade de te ter
de te tocar, beijar, sentir...

Deixa que eu sinta me perder, me achar
e tornar a me perder...

Deixa amor?
Deixa que eu desabafe o que não entendo
Talvez os medos que invadem o silêncio
A dúvida que bate de não ser...

Deixa amor?
Deixa eu te amar desse jeito?
É meu jeito...
Deixa?

Meu Arco Íris...


Salto de risca em risca
num novo arco íris...

Perco-me no azul,
solto meu riso,
e encho o ar...

Abraço o violeta,
e sinto a esperança,
em meu coração…

Deixo a saudade do amarelo
abraçar-me…

Perco o sono
quando fico pelo roxo...

Sigo a alegria do anil…

Lembro-me de ti
no verde… e amo…

Amo teu amor meu arco íris...

***


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Presença Invisível


E eu fico aqui,
sem saber se é certo ou errado
Eu fico...
Às vezes chego a perguntar se o papel me cabe,
se realmente existe alguma coisa que me prenda aqui,
se não é só minha cabeça doida,
ser doida quem sabe seja a resposta.

É tão estranho, é tão vazio.
Eu fico nesse vazio.
Parece existir na ausência uma presença invisível
presença imaginada que talvez só exista em mim.

A noite parece ser eterna e eu... Fico aqui...
Permaneço aqui... Esperando...
Esperando a sanidade?
Quem sabe hora ela venha e eu me despeça daqui!
***

"Ainda é a alegria de saber que você existe e é feliz
que me faz forte
para suportar a tristeza de sua ausência."

***