quarta-feira, 6 de abril de 2011


É uma coisa engasgada que seguro pra não gritar,

é um gosto amargo, é meu coração babaca que teima em tentar entender

o que não tem mais como ser entendido...

Eu já não te conheço? É isso?

Eu já não consigo decifrar você?

Em qual momento da nossa vida você se perdeu de mim?

Você se afastou de mim é o mais certo?

Que força é essa que espera que eu tenha quando me atira palavras que me ferem?

Que reação espera de mim?

Eu só consigo me encolher, fechar os olhos, na esperança talvez,

que tudo o que escuto naquele momento suma

e seja só minha cabeça doida me enlouquecendo de vez.

É esse nó na garganta que me esgana, me cala e me deixa sem ar...

Por que fica me olhando como se a qualquer momento eu fosse

te agredir com palavras da mesma forma cruel que você?

Eu não consigo mais... Já não quero mais...

Não quero falar porque sei que não vai me ouvir...

E eu te mato assim, eu sei...

Eu te mato quando fico quieta e calada...

Quando só te olho e balanço a cabeça concordando com você

quando tudo o que queria era espaço para me magoar cada vez mais...

Já não sei, não consigo resgatar em você, em mim, em nós

o que mata a cada dia o que jamais pensei perder...

Não te conheço mais, é um choque a cada momento...

Vê-lo agir contra tudo o que sonhei

contra tudo o que mais amei em minha vida,

contra mim, contra você, contra nós...

São perguntas que não vou fazer... Não espere!

Sei que serão sem respostas ou sem sentido...

E o que me resta...

Só essa solidão que a cada dia afundo quando você resume meu mundo a isso...

Quando acha que o tempo é o senhor de tudo...

Quando pensa que devo esperar sentada pela hora em que tudo acabe...

Não me faça perguntas... Não vou respondê-las... Não quero!

Só quero meu espaço e nele você não se encaixa mais...

Só quero viver mesmo que você não faça parte desse meu resgate de vida...

Não espere de mim o que agora estou longe de te dar...

Em matéria esquecer, sou especialista...

Em matéria colocar de lado, estou aprendendo ainda... Com você!

...

" É difícil lidar com a matéria rejeição,

com essa luto há 48 anos e sempre repeti,

minha primeira dependência foi com meus pais..."

...

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