É quando o dia chega que me deixo ir...
Deixo que as horas me levem nessa dormência, nessa falta de ar,
nesse sincronismo dessincronizado
entre a respiração e as batidas do meu coração...
Arrepios e fechar de olhos, alucinação...
Como se eu pudesse te sentir...
É quando a tarde chega que fico...
Que as lágrimas teimam em cair, os suspiros sufocados,
a voz embargada
que não encontra coerência nas palavras,
o chamar, o som inaldível rompe a garganta
e tenta junto ao pensamento constante, que já machuca
e se transforma em pergunta sem resposta...
Lágrimas e isolamento em um mundo impenetrável,
meu mundo de fantasias, meu mundo feito de você!
Busco te sentir...
É quando a noite chega que alço voo...
Traz consigo a ansiedade, a insanidade, o que se tem,
o que se quer, o que se dá,
o que era dois se transforma em um, em uníssono,
em barreiras rompidas,
sorrisos, beijos, mãos, carinho...
A viagem do pensamento, da emoção,
do prazer que se revela no que não se pode revelar,
o toque sem tocar, o beijo sem beijar,
o bater do coração ensurdecendo a razão...
Arrepios, fechar de olhos, suspiros suaves, delírios...
Te sinto...
É quando a madrugada chega e me pego só...
Sem você aqui em mim...
Com todas as emoções de um dia inteiro,
que se foi e tudo o que deixou foi essa saudade doida e doída...
Saudade que me invade sem pedir licença...
E eu tento buscar você...
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