quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Palavras São Bolinhas Coloridas...



Palavras são bolinhas coloridas e saltitantes, é gostoso vê-las saltando a nossa volta,
é estar em meio a profusão, de olhos fechados e braços abertos...
Elas não só saltam a nossa volta, elas nos tocam várias vezes,
cada uma com sua cor dando um sentido, uma direção.
Profusão de bolinhas...
Palavras são bolinhas coloridas, bolinhas são palavras coloridas,
tantas cores que se misturam, que trazem significados...
As cores não têm sequência quando pulam, são desordenadas
e às vezes nos confundem ou quem as vê...

Entre as bolinhas coloridas também existem as cores escuras
e elas também nos tocam
e os braços se fecham, se abraçam no reflexo, buscando a proteção,
não querendo que o ciclo vital seja interrompido
e nem o chão se abra...

Palavras são bolinhas saltitantes de diversas cores,
bolinhas são palavras de diversas cores...

Existem bolinhas que são abraços, afagos, beijos, umas te transportam à lugares
onde só a vida conta, umas te levam à lugares onde só o que conta é o prazer...

Existem bolinhas que quando te tocam queimam ou a sensação é de
arrancar um pedaço de tanta dor, levam a paz, o controle,
fazem o maior furdunço...

Mas a pior bolinha é a do medo,
o medo de não saber agir, de não entender,
de não enxergar adiante com a clareza que imaginou,
de não ser quem você achou que já soubessem que realmente era,
medo de se sentir em um estado tão ridículo de confusão,
questionando a parte que não soube revelar,
tentando falar o que talvez ninguém acredite por achar que existe orgulho...

Disso tudo o certo é que estaremos sempre cercados por elas,
mesmo sabendo que vez ou outra as escuras vão nos tocar...

Mas o que se pode desejar é que a bolinha do amor venha sempre,
pois com ela vem as bolinhas do sorriso, da paixão, da felicidade,
do respeito e da amizade...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ei... Eu quero você...



Eu quero você!
Entenda!!
Não vou falar, mas não consigo mais esconder.
Não quero sua paz, tenho a minha,
já sei tudo o que devo saber
de você,
de mim, não me conte...
Eu quero você!
Vem... Não demora, me leva para outro mundo,
me leva daqui,
me tira do chão,
me tira do eixo,
se encaixe,
me encaixe...
Eu quero você!
Que eu me ache no momento que me perder em você.
Não quero encontrar o sentido do que não faz
e nem vai fazer e nem precisa...
Não me faça encontrar o juízo que há muito perdi,
deixa só que eu encontre seu corpo no meu,
que seu prazer encontre o meu...
Vem... Não demora, me faça gemer seu nome baixinho
ao sentir seu toque,
seu cheiro,
seu abraço,
seu beijo,
sinta meu arrepio na sua pele,
me ouça sem que eu fale,
me sinta no cheiro,
no suor,
na respiração,
no meu extremo...
Vem... Não demora, me toque,
olhe em meus olhos,
deixa que eu veja nos seus a delícia de nos vermos,
nos delírios mais loucos...
Vem... Não demora, vem me despir do pudor,
do ser, do estar,
só quero ser,
só quero estar,
só quero sentir...
Eu quero você...
Vem... Não demora, vem me enlouquecer,
vem enlouquecer comigo,
vem enlouquecer em mim...
Vem amor...
Vamos saciar essa fome de nós...
Vem...

Por Um Acaso Querem?


Mil acasos me levam a você
O sábado, o signo, o carnaval
Mil acasos me levam a você
A feira, o feriado nacional
Mil acasos me levam a perder
O senso, o ritmo habitual
Mil acasos me levam a você
No início, no meio ou no final
Me levam a você...
De um jeito desigual
Mil acasos apontam a direção
Desvio de rota é tão normal
Mil acasos me levam a você
No mundo concreto ou virtual
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus
Seus braços queiram se juntar aos meus
Mil acasos me levam a você
No ínicio no meio ou no final
Mil acasos me levam por aí
Na espuma do tempo, no temporal
Mil acasos me dizem o que sou
Ateu, praticante, ocidental
Me levam a você
De um jeito desigual
Quem sabe, então, por um acaso
Perdido no tempo ou no espaço
Seus passos queiram se juntar aos meus
Seus braços queiram se juntar aos meus

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011



É quando o dia chega que me deixo ir...
Deixo que as horas me levem nessa dormência, nessa falta de ar,
nesse sincronismo dessincronizado
entre a respiração e as batidas do meu coração...
Arrepios e fechar de olhos, alucinação...
Como se eu pudesse te sentir...
É quando a tarde chega que fico...
Que as lágrimas teimam em cair, os suspiros sufocados,
a voz embargada
que não encontra coerência nas palavras,
o chamar, o som inaldível rompe a garganta
e tenta junto ao pensamento constante, que já machuca
e se transforma em pergunta sem resposta...
Lágrimas e isolamento em um mundo impenetrável,
meu mundo de fantasias, meu mundo feito de você!
Busco te sentir...
É quando a noite chega que alço voo...
Traz consigo a ansiedade, a insanidade, o que se tem,
o que se quer, o que se dá,
o que era dois se transforma em um, em uníssono,
em barreiras rompidas,
sorrisos, beijos, mãos, carinho...
A viagem do pensamento, da emoção,
do prazer que se revela no que não se pode revelar,
o toque sem tocar, o beijo sem beijar,
o bater do coração ensurdecendo a razão...
Arrepios, fechar de olhos, suspiros suaves, delírios...
Te sinto...
É quando a madrugada chega e me pego só...
Sem você aqui em mim...
Com todas as emoções de um dia inteiro,
que se foi e tudo o que deixou foi essa saudade doida e doída...
Saudade que me invade sem pedir licença...
E eu tento buscar você...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011