terça-feira, 2 de novembro de 2010

Novembro...

Estou sozinha... Mas não me sinto sozinha,

A paz me envolve, acalma, embala. A música gostosa... Está gostoso aqui...

No refugio do meu quarto, em minha cama penso em tudo ao mesmo tempo.

Olho ao redor e me pergunto o que seria feito do que é meu se eu não voltasse, cada canto fui eu que planejei, escolhi a cor das paredes, as cortinas, meus bichinhos de pelúcia presentes que guardo durante anos, a prateleira onde espalho meus livros que tanto amo e que eu fiz, serrei, martelei, montei e fiz a patina em um verão quente que já vai bem longe, distraindo e pegando um bronze após sair do hospital...

Novembro... Faria um ano em manutenção se não houvesse a recaída...

E agora estou aqui... Deixando tudo lá fora mais uma vez, minha realização, meu trabalho, meus alunos, os amigos... O amigo lindo que me presenteou com a oportunidade de me sentir viva novamente, me sentir capaz, que confiou em mim sem piscar...

Fechei com chave de ouro, meu projeto no dia do meu aniversário foi um presente que eu devia a mim mesma, me dediquei tanto, não medi esforços, planejei, esquematizei, demonstrei, briguei, pedi e concretizei...

Amei o dia com meus netos e toda uma turminha de baixinhos que não sabiam o quanto eu agradecia por cada sorriso. O carinho da turma dos grandinhos que fizeram de tudo para ajudar... Realizei... Realizei-me...

E puff!!...

Faltou o chão mais uma vez, o bicho papão pesadelo voltou. Dessa vez ele não veio de mansinho, chegou chegando, carregando tudo, revirando minha vida de tal forma que confesso quase desisti, parecia impossível juntar meus cacos... Mas estou aqui, no meu quarto, em minha cama, olhando a minha volta, tentando me reerguer e com certeza “EU VOU”, mais uma vez... Mais uma centena de vezes se necessário...

Estou sozinha aqui... Mas não sou sozinha, ainda tenho quem goste de mim, quem ainda queira minha presença, quem suporte meus pitis, quem queira conviver com uma louca rsrs... Já perdi tanto... Cabelo, unha, vergonha, sanidade...

E falando em perdas, vou fechar aqui com o que encontrei hoje no Orkut e sem querer voltar ao assunto, acredito que essa seja a perda mais dolorosa...

“A maior dor na vida não é morrer, mas ser ignorado. É perder alguém que dizia nos amar e que depois deixou de se importar. É sermos deixados de lado por quem tanto nos apoiava. É constatar que esses são os resultados das nossas negligências. A maior dor na vida não é morrer, mas ser esquecido. É ficar sem um cumprimento após uma grande conquista. É não ter um doce amigo telefonando só pra dizer "olá". É ver a indiferença num rosto quando abrimos nosso coração.”

Monte beijos!!

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