sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desencanto...


Eu faço versos como quem chora
De desalento... De desencanto...

Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.



Meu verso é sangue. Volúpia ardente...

Tristeza esparsa... Remorso vão...

Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

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