domingo, 8 de março de 2009

Despedida?




Não pense de mim
O que estou longe de ser

Ontem foi tão bom
Hoje precisa voltar a acontecer
Não por impulso
Sim, por emoção...

Perceba minhas mágoas
Adivinhe minhas angústias
Aceite meu descontrole
Compreenda a necessidade...

Sinta-me...
Não pela cobrança
Não pela precipitação

Não se zangue quando me mostro transparente...

Veja-me sem defesas
Não as tenho para você
Não quero te-las
Ainda que em meio as minhas incertezas
Ainda que eu brigue com meus fantasmas...

Não se zangue quando te atropelo
Rasgando e “invadindo teu espaço”
Querendo que sejas para mim
O que estás longe de ser
E na verdade nem mesmo quero...

Falar de você em meus versos
Por mais estranho que pareça
É uma forma de distrair minha solidão...

Talvez o erro esteja exatamente aí
Não posso torná-lo tábua de minhas incertezas...
Não que o rumo tenha mudado
Não que o pensamento tenha mudado
Talvez pela minha necessidade
Eu me confunda e te confunda...

Despedida?
Talvez eu me despeça aqui...
Não quero ser o que estou longe de ser
Não quero ser mais uma que te ataca,
Que te agride violentando teu espaço
E te fazendo “rebolar”...

“Meu coração é um século atrasado
acredita que o mundo é um castelo encantado
Um poeta sonhador
Um pobre esperançado
Deus pôs-me um coração
Com certeza enganado
É por isso que ainda faço poesia
Lembrando uma sonhadora do século passado...”

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